O azedume deste miserável dia
misturado a doçura espontânea de um sorriso,
acarretou-me a ancorar
minhas amargas lágrimas
no salgado mar da agonia
no qual encontro-me.
Podes tu, dizer-me que nome dou a tal mistura ?
E por que não a consigo discriminar ?
Perdi meu equilíbrio.
Meu pulsativo coração falhará e
caminhará para se transformar como o das belas estátuas gregas
que já não respiram como antes ?
Cansei de prever,
esse enfadonho trabalho desgasta-me.
Eu não sinto fome nesse momento,
eu só queria poder desmanchar-me.
E quem atreve-se a dizer
que disso não sou capaz ?
Pâmela A. Cardoso