nas entrelinhas de um anjo

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

cruel é a luz

Deixar esta pele por aqui e ir
Não voltar atrás, sangrar e partir.

Vorazmente desejosa pela paz
Desossou, rude, até o quadril esquerdo
Debaixo para cima, o maldito fardo.

Aqueles quadris nunca mentiam
Quando dançavam à luz da lua.

Sempre soube onde chegar 
com um só par 
de pernas.

Você é uma estrela agora, um sonho.
Nasceu, e logo, perdeu-se ao céu
Torcendo para não sobreviver.