nas entrelinhas de um anjo

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domingo, 31 de julho de 2011

Ambos Âmbar (cor)

Quando é dito a ti
Faz parecer ser nada
tudo o que és, não mais será?
Quem disse a ti
Fez desmanchar tudo
vais prosseguir, será ?
Quiçá meu sabiá carmim soube um dia
que minha favorita
era Camélia, ou era Cravo.
Ambos âmbar.
                                                                                                      Pâmela Cardoso.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

13

1. ojeriza
2. esquizofrenia
3. necrópsia
4. iodo
5. império
6. brava
7. micróbio
8. má
9. redator
10. alma
11. selvagem
12. leveza
13. cacto

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Querência de tinta e de arte

Porque amor, o calor não nos faz bem. Somos filhos do frio. Não do estio.
Ah, tens: brincadeiras, beijos e mel.
Pintei.
Castelo cerúleo feito à pincel. Pra nós. Nos morarmos. Namorarmos.
Lareira, cobertor e chocolate quente teremos durante as noites.
O dia nascerá da cor que eu quiser. Vós escolherás as outras cores.
Pintores ou escritores. O que seremos ?
                                                                                                   Pâmela Cardoso.                                 

Mente feraz

Falta a melodia, mas sorria.

Se o coração não é alegre, o rosto não sorri. O sorrir é a beleza que vejo.
Notória é minha objeção por indivíduos sérios. É notória minha objeção pelo coração que não gargalha.
Vá andar por aí. Vai sorrir.
Você não tem nada pra fazer, e eu não tô nem aí.
Com calma, vamos indo, pois partindo ela está. A senhorinha rabugenta que eu sempre quis espantar.
Tão nojenta. Nem esquenta. Ela vai indo já...
Eu adoro as gentes que sorrio pras paredes.
Vedes? Erros veniais, são os gramaticais.
                                                                                          Pâmela Cardoso

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Criatividade aos sonhos.

Você lê deitado e acaba caindo em sono pesado. Com os olhos trancados você está em outro lugar.
Somente eu e mais ninguém saberá que ler dormindo traz criatividade aos sonhos, os seus.
Os meus, não consigo lembrar.
Mas tenho a chave dos olhos trancados de outro alguém que está a sonhar.
No mundo dele eu posso entrar.
Me alojar.
Me inspirar.
                                                                                                           Pâmela Cardoso.





Maybellene - Chuck Berry

Maybellene, por que você não pode ser real?
Oh, Maybellene, por que você não pode ser real ?
Você voltou a fazer as coisas que costumava fazer.

Chuck Berry, rei do rock n' roll *-*


Catarina Hammie

Conversaram por pouquíssimos minutos e logo o senhor Mário Vandoni saiu da casa, raivoso, praguejando à todos os deuses e lamentando sua vida, pois todos seus labutos foram em vão.

- Senhorita Hammie, está Vandoni retornando às pressas! Parece-me ele estar morrendo de amores por vós, pois saiu inexorável dizendo que não mais pisaria neste chão e agora volta confuso, parecendo ébrio. A loucura lhe subiu aos neurônios! _ gritou o serviçal afoito.

- Que o diabo carregue tais palavras, Hugo! Ele virá vingar-se, pois nunca aceitará que as últimas palavras de nossa discussão se tenham proferido desta boca. _ alarmou Catarina, na esperança de que se não descobrissem seus segredos.

- Minha senhora _disse Vandoni entrando na casa_ podes tu perdoar-me? Sei quão garbosa és. Vossa beleza, impérvia. Pudera eu lenir-te de tanta formosura. Não quero parecer-te a ti gárrulo... Sendo assim, responda-me o que quiseres e faças de mim teu fiel ouvinte, pois sonho com tua voz há meses.

- Ora, os erros teus foram-me veniais. Pareces sincero, e tens meu perdão. Mas, do que queres conversar senhor Vandoni ?_perguntou Catarina, asperamente, sem titubear.

- Oh, continue a falar senhora minha... _ brincou Vandoni _ Pois não importa-me isto. Como a informei, sonho com tua voztempos. Que exímio de voz! Presenteias-me dizendo o que for.

- Oh Mário, cesse com estes galanteios falaciosos, por favor. Pois sei que clausura o são. Sem mais enrolar-me, digas o que de exórdio viera vossa mercê fazer em minha casa._suspirou Catarina de amores sutilmente_ Ah, chá?

- Sim, por favor._ sorriu Mário à Catarina _ Pois bem, se vossa mercê austeramente diz o que pensas, entendo. Porém, não diga o que não sabeis, pois, maviosa e sinceramente elogio-te. E aqui estava eu de início para convidar-te ao desjejum em minha casa amanhã_ disse Mário lentamente esticando suas mãos e entregou-a um elegante convite.

- Oh, sim. Obrigada, galanteador funesto. _ disse Catarina por um tom de voz carregado de ironias.

- Não o sou. _ defendeu-se Mário _ Agradeço-te por não matar-me com a beleza tua. Até logo senhorita “Pro-ce-la” – silabeou Vandoni em tom de gracejo.

- Lá estarei amanhã, senhor Trom Silvo _ vingou-se Catarina.

- Suas chistes não perdem à nenhuma deste mundo_ piscou um Mário sorridente ao se curvar diante de Catarina.

- Falo o que penso._ disse Catarina estendendo a mão.

- E pensas de maneira peculiar. Donairíssima és._ e beijou-lhe a mão.

- Vá, senhor Mário Vandoni, com a certeza de ver-me em sua casa pela manhã, para o desjejum.

- Esperarei ansiosamente, senhorita Catarina Hamiie. _ bradou Vandoni, saindo rapidamente.

- Anciosamente esperarei _ disse Catarina por baixíssima voz.

- Não queria ferir-lhe o briomas a senhorita sempre o amou, ou aqueles amores lhe vieram todos à tona nesta manhã?_disse Hugo preocupado.

- Hugo, cala-te! Vandoni é somente um antigo amigo do qual terei eternas mágoas por não ter vindo até mim quando mais eu o quis por perto. Muito ao contrário, me deixou a esperá-lo por anos. o arranquei do coração. Nãocomo costurar-me, pois meu fel cortaria qualquer linhal do amor.

- Então por qual motivo vais vê-lo? Queres tu matá-lo de esperanças amorosas? E por que disse a Vandoni que o perdoara?! _ perguntou Hugo como um pai.

- Meu desejo é que Vandoni volte de onde saiu, e esqueça-me como eu o esqueci. E vossa mercê sr.Hugo, basta de perguntas. _ disse Catarina calmamente sem responder as perguntas que Hugo fizera.
                                                                                                                                                         Pâmela Cardoso.

domingo, 10 de julho de 2011

Escolha

O que pode ser feito quando a esperança está a partir? Repara como vai indo tão sutil. Veja o detalhe de suas entrelinhas. Sinta o cheiro da partida,e dos rastros. Perceba como são diferentes uns dos outros.
Escolher perdê-la para ganhar, é egoísmo. O universo pode cuidar, para que perca o ganhar e o perder.
Oh, dono do destino, preciso de você agora e não posso esperar. Pois a esperança está indo, não importa o que eu diga, ela continua a caminhar para outro alguém. 
Ter asas é intrínseco para quem quer demais. E o dinheiro, muito mais.
Desconcerta-me, e se controle para continuar sendo você mesmo.
                                                                                                                                          Pâmela A. Cardoso