nas entrelinhas de um anjo

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domingo, 8 de maio de 2011

Borboleta

   Uma tarde bem iluminada, eu diria, e por sinal muito quente, seca. Foi dia de morte, e não tive a oportunidade de perguntá-la seu nome, por que o dia foi dela. Ela voava normalmente, entretanto, uma enorme cegonha de asfalto a impediu de continuar com suas piruetas. Despenteada, ainda tentava sobrevoar, porém, eles a negavam o direito de viver ou sobreviver.
   E ninguém percebeu, e ninguém ligará, e ninguém virá resgatar seus restos mortais.
                                                                                          Pâmela A. Cardoso

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