nas entrelinhas de um anjo

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domingo, 22 de maio de 2011

domingo, 15 de maio de 2011

Mau sonho

   Era um grande compartimento escuro cujas portas eram espelhadas e sujas. Ao entrar por uma delas senti a penumbra sombria do lugar a penetrar-me.
   Um líquido denso pingava no chão, meus olhos de imediato captaram a fonte, enquanto suas inimigas lágrimas amargas vazavam, meu coração gritava a dor.
Era sangue.
Havia alguém.
Era um homem.
Havia um gancho.
Um gancho no homem.
Ele era careca.
Eu o amava.
Mas quem era ?
Estava morto.
   Atravessei mais uma porta olhando, pasma, para trás. Ela refletia meu rosto espantado, sangrando, chorando...
   Pássaros cantavam para mim enquanto a luz expulsava as trevas de um pesadelo infortúnio. Acordei, finalmente. Mas pensava "por que partira duas vezes ?"
                                                                                    Pâmela A. Cardoso

domingo, 8 de maio de 2011

Borboleta

   Uma tarde bem iluminada, eu diria, e por sinal muito quente, seca. Foi dia de morte, e não tive a oportunidade de perguntá-la seu nome, por que o dia foi dela. Ela voava normalmente, entretanto, uma enorme cegonha de asfalto a impediu de continuar com suas piruetas. Despenteada, ainda tentava sobrevoar, porém, eles a negavam o direito de viver ou sobreviver.
   E ninguém percebeu, e ninguém ligará, e ninguém virá resgatar seus restos mortais.
                                                                                          Pâmela A. Cardoso

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Lugares para Ir - Top 10

 Itália e Veneza






                                                             Irlanda do Norte e Dublin





                                                                            Grécia


 Rússia (Moscow)


 Alaska




 Florianópolis (RS)


 Egito   



  Japão e aquário em Okinawa







 Jamaica

 Áustria


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Indefinido, definido

Uma mulher viva que parece estar morta.
Um garoto que diz "eu odeio minha vida" depois de beijar sua namorada.
Uma professora que não se importa com a aluna que a admira. Ou que admirava.
Um dever de casa mais ou menos.
Uns riscos à caneta de brincadeira.

                                                                              Pâmela A. Cardoso